— Netflix, mozão, meu fechamento é você no Carnaval!

Ri alto dessa frase da minha amiga esta semana. Achei graça porque também sou do #teamNetflix. Sim, essa gente esquisita que prefere se entupir de pipoca e encarar uma maratona de séries por 4 dias a perder-se na multidão carnavalesca.

Tenho a teoria de que os seres humanos são divididos em duas escolas: os que pertencem à Mocidade da Folia e os associados da Unidos do Netflix.

Parece que é no Carnaval que essa teoria pode ser vista e comprovada a olho nu.

Segundo as pesquisas do Instituto Timelineano da Pseudo Cientista Social que vos fala, a média da população de trinta e uns anos está bem dividida: 51% dos xóvens dessa faixa etária é adepta da folia, curte as festas e a “azaração” (quando foi que comecei a ser brega e velha pra usar essa palavra?); outros 47%, porém, são avessos a multidões e preferem se isolar de bundas e confetes, confinados por dias a fio num sofá confortável, com luz apagada e ventilador a postos. E sempre tem aqueles 2% de indecisos ou maria vai com as outras, claro, que topam qualquer coisa para não ficar sozinhos no feriadão.

Estatísticas já comprovaram que não há, necessariamente, lado correto: o importante é se divertir e ser coerente com as próprias escolhas.

Se optou por ficar em casa, abrace a almofada e não faça bico de tristeza quando zapear o desfile da Sapucaí. Se decidiu viajar, não adianta se arrepender ao viver as histórias que ninguém te contou sobre o Carnaval de Recife.

Como este texto é meu, porém, não preciso ser imparcial.

Tenho algo contra blocos de rua? Não, não senhor. Acho bem divertida a euforia coletiva ritmada pelas fanfarras e confesso que até gostaria – se pudesse voltar no tempo, porque agora já me dá preguiça – de entrar lá no meio da multidão e me unir ao coro: “Allah-lá-ô, ô ô ô ô ô ô. Mas que calor, ô ô ô ô ô ô”.

Pensando bem, talvez depois de uns 5 minutos de claustrofobia, só conseguiria cantar “Ó abre alas, que eu quero passar”.

É, não tem jeito. Sou da Unidos do Netflix – parceiro fixo oficial dos não-folientos como meu marido e eu.

Nosso samba-enredo, desta vez, será “Once Upon a Time”, em homenagem aos contos de fadas e fantasias de Carnaval. Mentira, é porque já estamos terminando a quarta temporada e a série é boa demais pra ficar inacabada.

Mas já passamos (ou estamos passando) por “Scandal”, “Suits”, “House of Cards”, “Black Mirror”, “How to Get Away with Murder”, “The Office”, “Newsroom”, “24 Horas”, “Game of Thrones”, “Prision Break”, “Blacklist”, “House”, “Friends”, “How I Met Your Mother”, “Modern Family”, “Unbreakable Kimmy Schmidt”, “Gilmore Girls”, “Lost”, pra citar alguns… (Nem eu sabia que já tinha gastado tantas horas da minha vida com você, Netflix, seu danadinho).

Isso porque eu não sou muito adepta a séries que me dão pesadelos, então nem mencionei “The Walking Dead” e afins (sim, detesto zumbis e cenas nojentas) – apesar de ter dado uma chance a “Stranger Things”, como boa millennial que sou, e sobrevivido.

Fato é que opções não faltam.

Se você está de malas prontas pra folia, boa curtição!

Se você, porém, pertence ao #teamNetflix e pretende ficar por aqui, se liga nessas dicas pra passar bem o feriadão:

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