Sou dessas, que gosta de apresentar pessoas.

A sábia avó de uma amiga querida costumava dizer que pessoas são como música. Tem gente que abre a boca e vibra a mesma nota que você. Uníssono. Outras, parece que soam dissonantes, geram uma certa estranheza inicial, demooooram pra criar sintonia.

Mochileira que sou, gosto de pensar que pessoas são lugares. E há alguns imediatamente apaixonantes. Territórios ricos em algum tipo de minério raro: sorriso largo, risada contagiante, abraço confortável, humor agridoce, jeito encantador de ver o mundo, inteligências múltiplas. Paisagens dignas de contemplação.

Outros lugares, igualmente férteis, exigem mais esforço na exploração: gente com olhar encabulado, QI acima da média, assertividade exacerbada, alma de artista. Tais pessoas são como sítios meio inóspitos, não muito habitados. Alguns deles se parecem com ilhas desertas paradisíacas. Guardam tesouros, patrimônios da humanidade. Tem de entrar com cuidado.

Viajante convicta, gosto logo é de ir explorando lugares que me fazem sentir em casa. De longe ou de perto. De fácil ou difícil acesso.

Casa, para mim, é qualquer lugar em que haja uma mínima identificação. Gosta muito de Djavan? Quero ser seu amigo. Alguma vez na vida comeu bolinho de frango de Itapetininga e região? Gente boa, você. Tem TOC por objetos desalinhados ou paúra em pisar nas divisórias das calçadas? Entendo sua dor.

É tão bom sentir-se em casa com alguém. Sentir que o outro é lugar conhecido, familiar. Chamam isso de amizade.

Tenho – e mantenho – círculos de amizade com gente de todo tipo. Você também, eu deduzo. O que você faz com isso?

Eu gosto de apresentar pessoas. Conectar gente boa e querida. Sinto genuíno prazer quando digo “Beltrano, este é Fulano e vocês precisam se conhecer”. Queria que me pagassem pra eu só fazer isso, na vida.

Já convidei amigo-gringo pra dar palestra em evento de grupo de amigos no Brasil, já banquei cupido pra amiga-que-terminou-namoro-com-cafa dar uns beijos no primo-pegador, já apresentei amiga-moradora e amiga-turista para fazerem piquenique juntas, já conectei amiga-coach com amiga-que-queria-um-coach, já contratei amigo-especialista para ajudar no projeto da vez do cliente-amigo, já coloquei em contato amiga-contratante com amiga-perfeita-para-a-vaga, vivo indicando serviço de amigo-empreendedor, pra fazer a roda do bem girar.

Esse sentimento foi o que me fez criar o Trinta e Umas, by the way. Precisava dar voz às pessoas incríveis que conheço e cuja visão de mundo merece ser compartilhada.

De que adianta ser um explorador do mundo e guardar toda a riqueza para si? A coisa mais bonita de conhecer diversos lugares é ser ponte entre eles.

Imagine se houvesse um tele transporte (com custo zero e risco nulo) que pudesse nos levar do escritório à praia num piscar de olhos. Ou do Rio a Salvador. Quando conectamos gente, assim é a mágica.

Eu tenho a clareza de que existo para ser essa ponte. Pequena, meio bamba. Mas sirvo para unir. Você é um lugar interessante? Pode se conectar aqui.

Olhe ao redor. Quanta gente. Quantos lugares. Você também é ponte. Compartilhe essa ideia.