O título deste texto, peguei emprestado do livro homônimo de Cecília Russo Troiano (Cultrix, 2007), cuja editora de texto foi minha querida amiga Maggi Krause. Vida de equilibrista vem acompanhado de uma frase que explica tudo: Dores e delícias da mãe que trabalha.

Sim, porque ser mãe e trabalhar definitivamente não é para os(as) fracos(as).

Aos fatos. Você ainda consegue se lembrar de qual foi a última vez em que conseguiu ir ao banheiro sem ser interrompida? E falar ao telefone sem ouvir a famosa frase: mãe, com quem está falando? E dormir 8 horas seguidas? E comer uma refeição quente? E ler aquele livro recém-baixado no seu amado Kindle?

É, minha amiga, aposto como você esqueceu. E isso acontece porque no seu HD de mãe muitas lembranças deram lugar a novas e mais necessárias informações sobre o seu filho. O que ele gosta de comer, se tem alergia, quais vacinas tomou, que remédios a escola pode dar se tiver febre ou dor de garganta, se precisa comprar pijama novo, porque o velho ficou curto, se ele está indo bem na escola, se sabe se comportar na casa dos amigos, entre tantas outras. A lista é longa.

Para todas as mães, as que trabalham em ou de casa e as que trabalham fora, equilibrar todas as tarefas e exercer todos os papéis (de mulher, mãe e profissional dedicada) é, na maioria das vezes, enlouquecedor.

Afinal, o dia segue tendo 24 horas. Para ajudar, nós ainda temos TPM e nem sempre possuímos a paciência de uma monja para cumprir os afazeres e terminar o dia com um sorriso de miss.

O que fazer? Calma! Não é preciso vestir o traje de bruxa, muito menos o de Mulher Maravilha.

Primeiro: organize-se.

Fazer uma lista de tarefas (a famosa to-do list) e lê-la antes de dormir ajuda e muito a cumprir “os 400 metros com barreiras” do dia seguinte. Mas cuidado: saiba priorizar e coloque apenas o que vai conseguir fazer. E lembre de abrir espaço para mudanças de rota, pois improvisos acontecem.

Segundo: delegue.

Peça ajuda ao marido, à mãe, à sogra, à irmã, à vizinha. Use sua rede para não se sobrecarregar. Aqui em casa, quem faz as compras e cozinha é meu marido. Quando não posso buscar meu filho na escola, ele ou meu pai vai. Como sou empreendedora (tenho uma pequena agência de comunicação), isso me libera tempo para tocar o negócio, prospectar o mercado e escrever para o meu blog – e também para o Trinta e Umas 😉

Terceiro: divida seu tempo entre trabalho, tarefas domésticas e a vida em família.

É possível? Sim. É fácil? Não.

Mas, se você não assumir isso, das duas uma: alguém vai fazê-lo por você (seu marido, seu filho, sua sogra ou seu chefe) ou o seu dia a dia será infernal (e você ficará eternamente mal-humorada).

E aí, vai ficar parada só reclamando ou vai tomar as rédeas da sua vida de equilibrista?