O que você faria se, da noite para o dia, ganhasse R$ 400 mil?

A) A viagem dos sonhos?

B) A casa própria? Mudar de bairro? Comprar aquele carro com que sempre sonhou? Pagar as dívidas?

C) Ampliar a empresa? Iniciar um novo negócio?

Qual foi a primeira resposta que apareceu em sua cabeça?

As pessoas, em geral, seguem um mesmo padrão social: querem ser aceitas em seu ambiente e, depois, desejam se diferenciar e ser reconhecidas pelos demais.

A grande questão é aquilo que marca esse pertencimento, essa diferenciação e esse reconhecimento para cada um.

Enquanto um pode querer ser reconhecido por ser excelente esportista, outro desejará ser admirado como estudioso, intelectual, bom filho, amigão, profissional competente, executivo, dono da melhor empresa, etc., etc., etc.

No mundo dinâmico de hoje, os modelos de sucesso estão em reconstrução.

Em décadas passadas, o modelo a ser buscado para obter o reconhecimento alheio e ser motivo de orgulho familiar era iniciar a vida profissional e se aposentar na mesma empresa. Hoje, até as empresas já não são mais como antes. Enquanto antes se verticalizavam todos os processos, hoje reinam as parcerias.

Isso significa que há muito mais oportunidades (e que está mais na moda empreender) que há 10, 20 ou 30 anos. Até nas instituições de ensino superior bancadas pelo governo cresce a pressão para a formação seja mais de empreendedores do que de pesquisadores e acadêmicos.

Mas será que ser empreendedor agora é a única opção?

Qual é o problema em investir os R$ 400.000,00 em viagens? Ou por que seria mais aceito socialmente usar essa grana naquele restaurante natural que foi sonhado desde a adolescência? O que é mais seguro? O que vale mais a pena?

O mais seguro e o que vale mais a pena é fazer o que você acha que gosta!

Volte à sua reposta para a pergunta que inicia este texto.

Se você respondeu de bate-pronto que quer comprar algum bem, pode ser que o seu perfil seja mais conservador, que não goste de arriscar e que queira, desde já, ter posses e garantias. Você talvez não seja um empreendedor nato e viva muito bem assim.

Se, por outro lado, você respondeu sem pestanejar que usaria o dinheiro para “a viagem dos sonhos”, há uma possível ambiguidade na interpretação do seu perfil. “Viagens” tanto guardam em si o gosto pela aventura e pelo novo, quanto o descompromisso momentâneo com o futuro: o que importa é viver o hoje da melhor forma possível! Porém, as novidades sempre guardam oportunidades de se reinventar e de fazer diferente, levar coisas típicas de um lado que serão novidades de outro. Na história da humanidade, as grandes viagens e navegações marcaram profundamente períodos de descobertas e de novos negócios! Talvez você até queira empreender, mas pode ser que esteja olhando apenas para o lado “gourmet” da coisa!

Mas se, de imediato, sua resposta foi iniciar um novo negócio, acredite: pode ser que você se realize enquanto empreendedor. Não é fácil admitir o gosto pela possibilidade de “perder” R$ 400.000,00 apenas para viabilizar um sonho.

Agora, veja se você quer isso por você ou pelos outros.

Um empreendedor nato investiria suas economias num novo negócio, mesmo tendo a possibilidade de perdê-las, mas só faria isso por um motivo: o de ganhar muito mais do que isso no futuro, levando junto um pouco mais de independência, quem sabe uma casa, o seu carro, suas viagens e o acesso para si próprio e para sua família a um mundo que, de outra maneira, não teria!

Para todas as respostas, minha sugestão é: vá em frente e siga o seu coração!

Para quem respondeu a si mesmo “investir num novo negócio”, minha sugestão é: “vá em frente, você não precisa desse dinheiro para começar!”